Como a capa do livro, penso que este blogue tem vermelho e 'cornetas' a mais... Essa «interpretação» bacoca, própria da vulgaridade editorial, de algo que foi modernista e realmente «verde», presente na cor das camisas e na cruz de Avis, poderia ter sido aqui corrigida. Um trabalho impecável do ponto de vista técnico mas que sofre de uma conceptualização deficiente, a meu ver. É o blogue do livro - só? - ou um blogue da missão prospectiva do Riccardo, ligado também, e muito, ao trabalho presente e futuro de prospecção e levantamento histórico?
Poderia então ter sido tratado de forma independente do tema e do grafismo peculiar seleccionado pela editora para a capa deste primeiro livro.
VL
Vítor,
obrigado pelos teus comentários “cromáticos” sempre preciosos, porque vêm de um artista ao mesmo tempo protagonista das histórias narradas. Como sabes concordo em pleno com as “cornetas a mais”. Eu também acho que os meninos da Mocidade não retratam fielmente o meio descrito no livro, feito mais de experiências com uma certa heterodoxia e autonomia face às organizações oficiais do regime. A verdade é que quisemos manter o mais possível a coerência com a veste gráfica do livro, apesar de o blogue ser independente face à operação editorial. Já sobre o “vermelho a mais”…concordo menos. A cor vermelha chama a paixão juvenil (ideológica e de combate) e acho que acompanha bem o tema do livro. Não sei se o verde desperta o mesmo impacto visual.
Já agora, aproveito a tua provocação das “cornetas a mais” para lançar um debate acerca das relações entre o nacionalismo radical português e o regime, que sempre despertaram o meu interesse. Apesar de ter falado bastante com os protagonistas acerca disso, acho que muito deve ainda ser dito e contado. Quem sabe que este blogue seja uma boa oportunidade para o confronto.
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